23 de fev. de 2011

os prós: chimarrão, carteado, redes, ler < e os contras: chuva, tpm, carteado, matrícula, internet ruim e impossibilidade de ver ou ouvir o jogo do inter.

Vou surtar.


Mas aí o inter faz quatro a zero e fica tudo bem.

9 de fev. de 2011

romeu

Faltam duas semanas pra matrícula. E quatro ou cinco pras aulas. Não quero saber, principalmente se forem quatro, e eu acho que são. Talvez eu vá pra Fortaleza, talvez não. Se eu for, dez dias. Se eu ficar, uma semana na praia aqui. Fiquei com vontade de voltar pra Porto Alegre semana que vem, deu até saudade, mas também deu preguiça. Prefiro as praias. Eu acordo quase todos os dias perto das onze e mesmo assim com um sono descomunal. Por melhores que sejam os livros que eu tenho lido, eu leio, leio, mas a cada um que eu fecho mais saudade e vontade eu sinto da sensação de ter sido o livro da vida. Talvez seja muito cedo pra saber, mas talvez também eu já tenha lido esse. O dos primeiros 20 anos. Vinte anos é uma vida? Se eu morrer antes do próximo 18 de dezembro vai ter sido. Mas pode ser só um terço ou, menos ainda, um quarto, se eu viver até os 60 ou 80. E talvez eu ainda tenha que esperar pelo menos uns 15 pra ler o livro da vida dos próximos 20. Se é que vai existir um. Quem sabe? A verdade (risos e herança aqui) é que um livro não precisa ser bom ou clássico ou qualquer coisa pra marcar alguém, tampouco o autor precisa ter sido um Nobel; é só marcar. Meu pai deus as opções de nomes pros gatinhos: "João e Maria ou Romeu e Julieta, escolham aí". Ficamos com Romeu e Julieta, embora ainda não exista uma Julieta. Por enquanto. Romeu dormiu horas no meu colo enquanto eu lia. A melhor sensação das férias. Eu já tô quase pensando em roubar um dos dois pra mim em Porto Alegre. Se nós falharmos, ele volta e será muito feliz aqui. Uma vez eu achei que ia gostar se fosse paga pra ler. Mudei de idéia.


4 de fev. de 2011

Eu fico feliz quando ouço Bob Dylan depois de séculos e ainda acho que pode ser a melhor coisa pra se ouvir assim, à toa na vida.
Dessa vez a que eu não paro de repetir é Santa-Fe.
*
Marah: não achei o cd que eu queria, mas é só felicidade do mesmo jeito.

ler

"Se você tiver interesse ainda que remoto pela esquisitice, variedade e beleza da humanidade, então o autismo traz muito a se admirar."

Terminei as memórias do Saramago, que é uma delícia, e comecei esse do Nick Hornby, Frenesi Polissilábico, que na verdade são artigos dele pra uma coluna entre 2003 e 2006. E ele fica só ali, falando dos livros que ele leu e comprou, desde que não fale mal de ninguém - nesse caso, ele não pode citar nomes, hah. Vidão.
Mas nós sabemos que ele tem um filho autista, e no pouco que eu li até agora ele tocou no assunto falando no livro (George and Sam) de uma mulher (Charlotte Moore) sobre os filhos dela, autistas. Tem até um trecho (três páginas), que eu ainda não li, mas decidi ler o livro, porque autismo me interessa desde quando eu era criança e vi pela primeira vez o menininho da campanha da Turma da Mônica, e só não li nada sobre até hoje porque praticamente todos os livros que eu já li chegaram por acaso, ou por meio de outros, ou por indicação, ou por ouvir ou ler algo a respeito. Digo, eu sempre fiz o possível pra conseguir os livros que eu quis, mas eu nunca fui, diretamente, atrás de nenhum. Acho que é sempre assim, na verdade. Enfim
Mas não é sobre autismo, o livro do Hornby. É sobre por que a gente lê, e por que a gente sente prazer em ler, mesmo sabendo que ler pode ser bem chato. E quem sou eu pra saber. Mas eu adoro.

"(...) Mas fiquei sabendo que George W. Bush foi acordado pelo Serviço Secreto às 23:08, no dia 11 de setembro. Como assim 'acordado'? Ele não ficou até tarde trabalhando? Como ele conseguiu dormir? Se tivesse sido comigo, eu teria ficado acordado até às seis, bebendo, fumando, assistindo à tv e no dia seguinte estaria um trapo, imprestável. Vê se concorda comigo: deve ter alguma coisa errada, pois os líderes mundiais não se destacam por suas habilidades de resolver problemas globais, mas de cair no sono em questão de segundos. A maioria das pessoas decentes não consegue pegar no sono com facilidade, e, pelo jeito, é por isso que o mundo está nessa bagunça."