25 de mar. de 2010

Agora, além de ter parado de ler, escrever e ver tv, eu tô quase parando de ouvir música. E de ligar o computador.
E eu tô fazendo jornalismo, oi.
Eu tenho medo de onde eu vou parar desse jeito.

22 de mar. de 2010

"imagens do meu cotidiano"

Voltando ao fundamental, mas ok, eu gosto muito de recortar e colar - embora eu pudesse ter colocado só uma cama e um logo do zaffari.
Tenho uma certa quantidade de coisas pra ler, mas eu não tenho agüentado mais de meia página sem começar a fechar os olhos - e o mesmo quanto às aulas. Não tô subestimando; o caso é que fazia tempo que eu não sentia tanto sono.
Além do mais, eu me acostumei com o anglo de tarde, podendo dormir ou ver tv ou estudar ou fazer qualquer coisa de manhã. É diferente com tardes livres. E a minha cama é sempre tão convidativa. Mas eu aprendo a usar aquela cafeteira e resolvo esse problema.
Espero que não chova amanhã, pelo menos durante a manhã, porque eu tenho que carregar as imagens do meu cotidiano até a fabico. Na verdade, eu sempre espero que não chova nunca, mas né.
E, falando em fabico, eu achei que fosse fazer um esforço maior, no que diz respeito a integração e tal, mas não adianta. Eu não tenho esse pique.

E eu  também não tenho mais o que escrever nesse blog.
Assim como também não consigo mais ler.
E por aí vai.
Não sei qual é meu problema, afinal.
Tchau.


*Eu não aprendo a usar a cafeteira, eu quebro a cafeteira. That's me.

16 de mar. de 2010

que alegria

Segundo quase atropelamento em dois dias. Ou eu perdi a prática ou a vida acadêmica já está me subindo à cabeça. (rs)
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Quando não é o ralo entupido, é o gás que acaba.
E ainda tem a parte de subir o morro carregada de sacolas de supermercado.
É menos poético do que soa, morar sozinho.
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Mas há coisas para fazer. Ainda que eu não faça, elas existem agora.
E eu nunca pensei que fosse comer tão bem com menos de dois reais.

15 de mar. de 2010

the place where lost is found

É estranho isso de felicidade. De bem estar. Eu tenho minhas tendências a acreditar que não mereço, que não é verdade ou que não vai durar - ou as três coisas ao mesmo tempo. Mas não dessa vez. Dessa vez eu não quero pensar nada. E qualquer coisa que eu diga ou escreva não estaria à altura do que realmente é. Nem perto. Soaria desimportante. Pequeno - e isso seria uma injustiça. De modo que eu prefiro não escrever nada.
Só sentir.
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Apartamento é tão mais gente do que pensionato. Gente, sabe. Eu precisava disso. De me sentir gente. Nem que seja só em casa.

12 de mar. de 2010

it's complicated.

Que fique claro que, se alguém comentar que passou e viu uma guria sentada sozinha escrevendo na praça de alimentação do shopping, a tarde toda, eu fui forçada. Tivesse a opção, e eu estaria em casa dormindo. Mas os móveis não estavam prontos e o ralo do chuveiro estava entupido, de modo que eu me encontrava impossibilitada de ficar na minha própria casa.
Aí, nessa de não poder ficar em casa, e nessa de chover o tempo todo, eu fui pro Total. E aquele troço é cheio de lojas e cafés e coisa, mas impressionante como simplesmente não há o que fazer sem um real no bolso. Não que eu não tivesse dinheiro comigo. E também não sei o que eu esperava de um shopping, de qualquer jeito. Mas, então, sim, fiquei sentada, lendo ou escrevendo ou ouvindo música ou olhando pela janela. E fui ao cinema.
O filme era o último da Meryl Streep. Que na verdade é simplesmente estranho, mas ok. Eu quase decidi dormir em vez de assistir - menos pelo filme do que pela minha quantidade de sono -, mas acabei vendo. Mas foi o que menos me interessou, no fim das contas.
Na minha fileira, quatro cadeiras à esquerda, tinha um senhor careca, de boina azul clara, assistindo sozinho também. No final, eu olhei pra ele e ele estava com um lenço. E depois, quando o vi descendo, devagarinho, degrau por degrau, eu me perguntei sobre o que move um senhor de idade a ir sozinho ao cinema de um shopping. E não encontrei resposta. Mas, seja o que for, possivelmente é o que eu admiro nesses velhinhos que saem de casa e não se contentam em morrer enferrujados.

4 de mar. de 2010

Eu fiquei pensando que a vida da minha mãe poderia ser um daqueles filmes cuja protagonista é uma separada com filhos. Mas não é como os filmes, a vida. Não tem os finais românticos - ou, se não românticos, pelo menos poéticos. Se a minha vida pudesse ser um filme, eu faria um filme mudo. Em contraposição à "profissão que eu escolhi". Com as imagens alternando entre coloridas e acinzentadas e com sons, mas sem o som de qualquer voz humana. Porque as palavras ainda são uma coisa que me intriga, faladas ou escritas ou da forma que puderem ser utilizadas.
Eu discuti com o meu irmão, agora há pouco. E o bom de discutir com o meu irmão é que a gente esquece e tudo volta ao normal como se nada tivesse acontecido; dez minutos depois, se for o caso.
Um dos meus problemas é justamente o fato de, quando eu muito eventualmente brigo com alguém que não seja meu irmão, esquecer que as pessoas não são como a gente e achar que eu posso voltar e falar sem ter que me desculpar. Ou sem ter que esperar um pedido de desculpas. Como se nada tivesse acontecido.
Outro dos meus problemas é o fato de, às vezes, esquecer que eu mesma não sou como eu, como a gente. Porque tem coisas - as palavras - que ele já consegue dizer que eu não ignoro. E que eu não posso rebater. Porque, aparentemente, é da minha natureza não se importar. Quando na verdade é da minha natureza se importar muito, até não conseguir mais, e guardar isso só pra mim.
E ouvir as pessoas dizerem que eu não me importo.
Eu nunca vou contestar.