É como se o mundo
se abrisse, e eu junto com ele. Umas sensações que não se esperam. Um 'isso é
tão estranho'. Uma certeza chata de que nada vai acontecer. A cada vez, cada
sorriso. Que vêm com a expectativa de qualquer coisa tão imensamente maior do
que o que tem sido até agora.
Talvez eu pudesse
ficar horas conversando do jeito que fico horas calada. Somando todas as
palavras, por quanto tempo no dia eu falo? Uma hora de 24? Menos. Eu
não consigo medir. Do mesmo jeito que não consigo medir a ausência de
interlocutores que, aos quase 21, eu vejo como um detalhe qualquer. Como as
cortinas da sala ou a manta do sofá. As coisas que estão lá, mas em que
ninguém presta atenção. Nem eu.
E de repente a
gente olha pro lado e percebe o que esteve ali o tempo todo. Como não vi antes?
E as respostas, que faltam para perguntas infinitas. De por que as pessoas não
têm consciência ambiental e coletiva nos menores níveis a por que elas matam. Por que a
vida alheia é menos importante. Por que, se eu não pensar em mim, ninguém vai
pensar. Por que ninguém sabe usar os porquês quando escreve.
Sem respostas, sem
pontos de interrogação.
Cem respostas, sem
pontos. Sem respostas, cem pontos.
Sem todas as
coisas que poderiam estar aqui. Os deslocados e não os descolados. Quem é que
nota, quem é que se importa. Eu me adapto a qualquer lugar desde que me sinta
fora de lugar. Não sei.
2 comentários:
Fontes, uma paixão descoberta - ou admitida - nesses últimos tempos. Trauma com Times, preconceito com Arial e cansaço com Calibri...
eu tinha preconceito com arial antes do agendão. na verdade ainda tenho, só lá que não. mas times nunca me cansa.
e oh, parece que eu não posso ser moça do tempo, mas pra ti então temos design de fontes (:
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