24 de out. de 2010

the flu II

It seems to me now that the plain state of being human is dramatic enough for anyone; you don't need to be a heroin addict or a performance poet to experience extremity. You just have to love someone.


*

Eu queria uma música triste, agora. E não estou obtendo muito sucesso na busca. Embora eu também não esteja exatamente me esforçando na mesma busca.

O caso é que, ah. Muita coisa. Eu penso demais em coisas que eu até gosto de saber que pensei, mas peco na hora de escrever sobre. As frases nunca ficariam com a mesma sonoridade que tinham na minha cabeça, mesmo que eu as transcreva exatamente da mesma forma que as pensei, simplesmente porque vão estar escritas. E a sonoridade da leitura é diferente. É pontuada demais, mesmo com pouca pontuação. Eu não sei pontuar minhas frases pra que elas soem, mentalmente, pra quem ler (e pra mim também, quando eu ler), do mesmo jeito que soam só na minha cabeça. E os próprios assuntos. Pensando neles no meu blog eles subitamente perdem valor.

Eu queria só ir escrevendo, escrevendo, e no final sair alguma coisa ao menos legível. Mas é o tipo de coisa que não acontece comigo. Acho que eu sou detalhista demais pra isso.

Eu queria ter um caderno, um bloco, uma agenda, qualquer coisa, em que eu anotasse essas coisas; frases, de livros, filmes, revistas, panfletos, enfim. Mas, mesmo que eu saiba que é só achar um caderno velho e começar a anotar, sempre me parece o tipo de coisa que existe "desde sempre" e não desde um dia qualquer em que se decida começar um. De forma que não vai acontecer.

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