18 de nov. de 2011
roda gigante
A falta do que há muito não se vê mais. Consumindo o que há muito se via em desuso. Algum dia eu vou me ver livre? E não fazer comparações entre sujeitos de classes distintas e relações interpessoais de outras ordens. Relações não se repetem, com seus mesmos autores ou com outros, ainda menos. E eu, que deveria saber disso já há muito, misturo e fecho portas ainda sequer abertas. E a consciência, que nessas horas deveria trabalhar e impedir tamanho absurdo? Dorme embalada pelo som das canções. De dois dias eternos eternamente gravados como impossíveis e surreais. Que diabos fazem aqui, agora? Retornando das cinzas, levantando da tumba. São só memórias doces. Sem qualquer capacidade de interferência no presente. Quem disse? Minha consciência dorme e eu tento acordá-la. E me preocupo com os dias que estão por vir, que jamais alcançarão em esplendor os que já foram. Talvez outros alcancem e se ponham ainda mais alto, mas estes são tão indecifráveis e impalpáveis quanto a possibilidade de retorno. Talvez uma vida. Daquelas em que fazer o que se quer não seja o jogo na prateleira mais alta. Adiando os dias que seriam meus por absolutamente nada que valha o que eles valeriam. E sentir ao pé do ouvido o passar das coisas que eu já ouvi. Saudade, é a palavra que eu não quero dizer.
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2 comentários:
'Talvez uma vida. Daquelas em que fazer o que se quer não seja o jogo na prateleira mais alta.'
Dá pra VER o que tu tá tentando explicar.
será que dá mesmo?
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