Esse ano no mês de agosto tivemos 5 domingos, 5 segundas e 5 terças (por isso pensei que ele jamais terminaria). Isso acontece somente a cada 823 anos.
adoro.
*
Decidi que esse apartamento eleva a potência dos sons: a chuva parece pedra caindo e o vento é um coral poderoso.
Muito barulho, essa natureza.
-E eu acordando de hora em hora toda noite.
14 de set. de 2010
12 de set. de 2010
Se eu pudesse desaparecer agora, exatamente agora, eu desapareceria.
*
No auge dos meus 19 anos, eu acho que descobri o pior que podia me acontecer e também a pior sensação: querer voltar pra casa e não poder. É uma dor que não dá pra explicar. E faz mais estrago do que qualquer outra coisa que eu já tenha sentido.
*
No auge dos meus 19 anos, eu acho que descobri o pior que podia me acontecer e também a pior sensação: querer voltar pra casa e não poder. É uma dor que não dá pra explicar. E faz mais estrago do que qualquer outra coisa que eu já tenha sentido.
8 de set. de 2010
"em casa"
Travei na droga do trabalho, possivelmente faltando uns pouquíssimos parágrafos. Por que nunca vai de uma vez só, sem parar? Um dia vai acontecer, mesmo que fique uma porcaria no final.
Mas como eu queria com todas as minhas forças estar em casa e não aqui eu até agradeço por ter o que fazer.
*
Hoje de manhã, enquanto me trazia, meu pai me perguntou: "E aí, tu já te sente em casa aqui?" Não. Mas eu não tive coragem de dizer, embora eu tenha quase certeza de que no fundo ele sabe. Soltei um "é..." sem muita convicção e um sorrisinho idem.
Eu queria estar em casa.
Mas como eu queria com todas as minhas forças estar em casa e não aqui eu até agradeço por ter o que fazer.
*
Hoje de manhã, enquanto me trazia, meu pai me perguntou: "E aí, tu já te sente em casa aqui?" Não. Mas eu não tive coragem de dizer, embora eu tenha quase certeza de que no fundo ele sabe. Soltei um "é..." sem muita convicção e um sorrisinho idem.
Eu queria estar em casa.
7 de set. de 2010
all a bore
When I love, I love so big.
It is true.
But when things change, as they do, it’s totally fucking devastating.
Still, that process of life shifting and earthquakes and glaciers and tides and rain falling—that process doesn’t negate what existed before.
I mean, does it?
Love is beautiful and painful and terrifying and insane. It possesses me fully and incapacitates me completely.
Maybe I should love differently.
I really don’t know.
The fact that things fall apart can’t possibly take away from what was once beautiful, right?
If anything, it does just the opposite.
That’s a hard thing to accept.
I want the good feelings to last forever and the bad feelings to go on and disappear.
But life is all about ambiguity—complexity—not good or bad, but everything in between.
I think I’m still like twelve years old in a lot of aspects.
Anyway, like with everything, I guess it’s not some external thing that’s the problem.
I mean, it’s me.
I’m the fucking problem.
Christ.
Eu acho que as pessoas que fumam imaginam que o cigarro faz passar uma ansiedade que porventura elas sintam. "Preciso fumar", "Preciso de um cigarro", "Meus cigarros acabaram". Mas no fim é ele que gera essa ansiedade - "Preciso fumar", "Preciso de um cigarro". É por isso que chamam de vício.
Maybe I should love differently.
not good or bad, but everything in between
Se 'eu tentei expressar, mas achei tudo uma chatice', ele fez isso por nós. Pro resto da vida no meu pedestal de dois livros.
2 de set. de 2010
why would i lie
a girl whose upper arm read “fiction”
like it might have been typewritten
when I asked her its significance
she said she sometimes took reminding
what she wanted to be doing
whether reading it or writing
Eu estaria feliz se estivesse fazendo qualquer um dos três.
Mas eu disse que o segundo semestre ia ser melhor. E é verdade. Eu só tô sempre preocupada com alguma coisa. Eu só não tenho mais escrito.
Há semanas. O que é verdadeiramente triste. Mesmo. E escrever sem assunto é quase tão útil ou inútil (pra mim) quanto não escrever uma linha e deixar essa foto do Beira-Rio aí (que, convenhamos, é mais digna de aparecer do que qualquer coisa que eu escreva), mas esse blog não tem nenhuma proposta além dessa, mesmo, então, né.
Ano passado, quando eu pegava ônibus em Porto Alegre pra vir pra cá, quase sempre pelo menos um dos passageiros me dava vontade de chegar em casa e escrever sobre ele. Às vezes, alguns até conversavam comigo: a guria da Independência, o cara de sobretudo que ficou falando das impressões digitais, o tatuado com a filhinha linda dele; e, agora, eu mal olho pro lado que não seja o da janela. São as pessoas que vêm pra Canela/Gramado que ficaram menos interessantes (se é que algum dia foram) ou eu que larguei de mão essa coisa de gente?
Aliás, eu não sei por que eu ainda pego as janelas. Com certeza não é pensando em não passar frio, porque o ar vem ali de cima e é horrível. Nem pela vista, porque eu já decorei o caminho de ida e volta sentando nos dois lados do ônibus. Acho que é só pelo conforto de poder ficar sentada esperando todo mundo sair pra depois poder levantar e pegar minha mochila com calma, sem mais ninguém atrás de mim. Deve ser isso.
E amanhã eu vou pra minha praia possivelmente abandonada, esperando por uma semana invertida.
Porto Alegre e a chuva vão ficar muito bem sem mim até quarta, presumo.
20 de ago. de 2010
6 de ago. de 2010
achei demais.
Isn't it so weird how the number of dead people is increasing even though the earth stays the same size, so that one day there isn't going to be room to bury anyone anymore? For my ninth birthday last year, Grandma gave me a subscription to National Geographic, which she calls "the National Geographic". [...] Anyway, the fascinating thing was that I read in National Geographic that there are more people alive now than have died in all of human history. In other words, if everyone wanted to play Hamlet at once, they couldn't, because there aren't enough skulls!
Em homenagem à volta às aulas.
Em homenagem à volta às aulas.
3 de ago. de 2010
se tem um barulho
que eu odeio é o do ponteiro dos segundos dos relógios. Tem um aqui do meu lado agora - que vai parar na minha cozinha em Porto Alegre -, mas mesmo com música eu não consigo deixar de ouvir o tic, tic, tic. Só perde pra barulho de chuva, embora a agonia decorrente do barulho dos relógios seja bem mais sensata. Quem é que quer ouvir o tempo passar, afinal? Independentemente da velocidade, já é bastante ver e sentir.
Assinar:
Postagens (Atom)