Talvez meses sejam capazes de levar tudo consigo. Talvez não. Triste é quando saber que aconteceu já não é nada. Quando as coisas acontecem sem pedir permissão.
Você já esqueceu? Já esqueceu como é amar?
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Você já esqueceu? Já esqueceu como é amar?
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Eu gosto quando eu sinto raiva dele. A sensação é inexplicavelmente boa. Inesperada, inacreditavelmente boa. Não era para ser, supostamente. Porque sentir raiva não é nobre, não é saudável. Corrói internamente. Gasta exteriormente. E, no entanto, depois de todas as voltas possíveis, raiva. Leve. Quase macia. Mas raiva. E com todos os erres a que uma raiva tem direito. Ele falando e não falando. Bobagens e não bobagens. Sempre indiferença. E eu com raiva. Sem motivos. Sem razões. Só uma vingança individual rápida e silenciosa. Segundos de raiva.
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