20 de set. de 2010

dançar.

Sexta eu jantei com meus pais em Capão, em um restaurante cujo nome eu não lembro e onde havia uma dupla - um homem e uma mulher, não dois homens - cantando musiquinhas aleatórias. Lá pelas tantas um casal em uma mesa levantou e foi dançar. Umas músicas depois, meus pais se animaram a fazer o mesmo e lá foram, ainda que sejam separados. E vendo os dois ali - ou os quatro, enfim - eu fiquei pensando em como não existe coisa mais casal do que dançar. Mais do que ir ao supermercado juntos, mais do que ter escova de dente na casa da pessoa, mais do que qualquer outra coisa, até do que alianças. Porque precisa de uma intimidade tão sincera, de uma química que só duas pessoas que se conhecem de verdade conseguem ter. E é lindo, mesmo se eles forem feios e dançarem mal, simplesmente porque tem carinho. Às vezes eu queria isso pra mim.
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Chorei na rodoviária quando dei tchau pra eles hoje. Porque a cada porcaria de ano que passa mais certeza eu tenho de que eles são as únicas pessoas que sempre vão realmente se importar comigo. As únicas pessoas que não vão desaparecer.

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