18 de dez. de 2010

vinte

Acordei  às oito e pouco da manhã com o barulho de trem do Mundo a Vapor. Não levantei, óbvio; fiquei na cama lembrando de em quantos dias na vida eu já fiquei na cama ouvindo aquele barulhinho do apito antes de levantar. E às vezes, quando eu ouço em outro lugar ou em outro contexto, eu ainda demoro pra me tocar por que barulho de trem parece tão familiar pra mim. Vizinha desnaturada, eu.
Achei que fosse ser uma experiência meio dramática trocar a casa das dezenas na idade, mas não. Não se nota diferença. É sempre a mesma coisa, né, a gente sabe. O legal é que, à medida que se cresce, ganham-se menos presentes; eu pelo menos não peço mais - não nessas datas específicas. E aí, quando eles vêm, porque sempre vem alguma coisa, são realmente surpresa, como era pra ser quando a gente era criança, mas não era porque a gente pedia os presentes antes e na hora de abrir o pacote já sabia o que era.

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