1 de ago. de 2011
A figura dele já tá longe, quase desconhecida. Como se tivesse acontecido mesmo há muitos anos. Eu sequer ainda penso em qualquer coisa relacionada. É tão velho que se confunde. Mas naqueles momentos, nos momentos em que eu deixo de acreditar por completo na minha vida e em que qualquer decisão que eu venha a tomar possa dar certo, eu não consigo também não lembrar disso. Não lembrar dele. Não consigo não apalpar e observar essa semelhança na maneira como ela se me apresenta. A mesma semelhança que separou, mas que une. E eu olho pra ela com um misto de tristeza e raiva e penso que eu não quero ser assim, não quero pensar desse jeito. 'Eu não quero não acreditar', dá vontade de gritar. Em mim ou em qualquer coisa. Mas nesses momentos tudo é simplesmente muito. As outras opções não existem. Nesses momentos. "Olha pra ti. Tu acha que vai chegar em algum lugar? Tu acha que vai ser alguém? Eu não acho. Eu não vou. Olha pra isso. O que é que tu vai fazer? O que é que eu vou fazer?" E nesses momentos o futuro se torna uma coisa que se deseja apagar. Junto com o presente, junto com a minha imagem no espelho, junto com a minha personalidade, delgada e alheia às minhas próprias vontades.
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