2 de jan. de 2012
with curses spilling from my head
Dizer as coisas que eu não quero ouvir. De dentro pra fora. Quase vomitado. O que eu quero dizer. Mas como é difícil saber o que eu quero. Eu quero escrever. Eu quero ter o que cuspir nos papéis ou na tela - e eu tenho, e quero me livrar e fazer disso algo que valha a pena em algum outro espectro. Eu quero sair daqui - onde? E depois do ponto de interrogação eu sei que aqui é muito menos um lugar físico do que um estado de alma, uma aglomeração de crenças, sentimentos e perspectivas. Eu quero uma semana de solidão na praia. Eu e eu quero acreditar no que quer que eu faça enquanto viva. Existe um meio? Um modo. Uma rosa dos ventos desnorteada. Norte, sul. Já não sei se o sol nasce no leste. Meu sol se põe quando os pensamentos chegam em casa e se afundam no sofá à espera. E eu espero. E ele torna a nascer quando eu finalmente consigo afastar o que eu penso, algumas horas, sonhando com outras coisas, melhores. Quem é que vai me dizer o que é certo? Realmente certo. O mundo é caótico e mesmo assim alguém insiste em dizer. O certo, o que se pode fazer e o que é feio, errado. Marginal. Eu não sei. Que rumo. Dar pra minha vida. Tampouco sei que vida é essa. Só que queria passá-la rodeada de livros. De qualquer tipo, de qualquer lugar, de qualquer autor. Essas outras histórias melhores e mais dignas que a que eu mesma escrevo, dia a dia, da forma mais errada possível.
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