Não é mentira que eu me surpreendi - positivamente - com Porto Alegre. Não é mentira que eu aprendi a gostar de lá. E não é mentira que, quando eu estou aqui, às vezes me dá até vontade de voltar. Porque lá as coisas, mesmo que sejam poucas, acontecem comigo. Porque lá eu tenho uma vida que eu nunca tive aqui.
E ponto. É só isso.
Onde estão minhas amigas? Que fim a gente levou? E por que cargas d'água eu fujo ou complico tudo, conscientemente, mesmo quando não é isso que eu quero? Eu tinha que fazer psicologia.
Aí eu vou lá e fico procurando hipóteses, justificativas para as coisas. Eu sempre faço isso. Com o que eu faço com os outros e com o que os outros fazem comigo. "Ia acabar assim de qualquer jeito", "não é culpa minha se...", talvez isso, talvez aquilo. Como se isso pudesse mesmo justificar o que eu faço - ou o que os outros fazem. Na hora, pode até parecer que funciona, mas não é verdade.
Depois, eu volto a pensar em Porto Alegre, no pessoal do cursinho e tal. A maioria é gente fina. E tem aquela praça ali na frente, e aqueles prédios todos, e vento, e, ah. Falsos curativos, né.
Porque logo vem o fim do ano e tudo aquilo de novo. Eu fico só pensando - tentando pensar - no que vai ser a minha vida depois, independentemente do curso que eu for fazer.
Tragicômica, hah.
Mas por ora... Bom, por ora qualquer apartamento tá me comprando.
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