Mas como eu era boba! Como nós éramos bobas. Até hoje eu não sei como tanta coisa foi possível com gente tão boba. Não que eu não seja mais, porque ainda sou, mas três anos acrescentam alguma coisa, nem que seja eu mesma me dizendo que eu continuo uma boba e que não tenho mais idade pra isso.
Mas eu preferia a bobeira daquele tempo. Porque pelo menos lá atrás, bem no fundo, eu tinha, firme e forte, a sensação - não, a certeza, mesmo - de que as coisas iam dar certo depois, mais tarde, mesmo que fosse demorar um pouco. E era verdade, veja só. Elas deram. Claro que dependendo do ponto de vista, mas deram. Meus dois últimos anos no colégio foram ótimos. Meu primeiro ano fora do colégio tá ótimo também. E esse é o ponto. Já deu certo. *Tudo que tinha que dar certo, ora, deu certo. Agora só tem o que dar errado. Agora é a volta.
Eu sou o otimismo em pessoa.
Mas já dizíamos nós mesmas na oitava série: até seria trágico, se não fosse (tão) cômico. Alguma coisa a gente sabia.
*Tá, quase tudo. Mas mesmo o que deu errado parece bom.
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