7 de jul. de 2010

curto.

E eu podia sentir muita raiva de mim por isso, se não fosse tanta perda de tempo quanto é se preocupar.
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Agora, nas férias, que eu não vejo mais ninguém, eu corto o cabelo. Curto. Desde o ano passado eu vinha em um processo - meio consciente, meio inconsciente - de encurtar meu cabelo e, a cada vez que eu cortava, diminuía um pouco mais que da última vez. E foi o que eu fiz  hoje, de novo, deixando ele acima dos ombros - ou exatamente sobre os ombros. A verdade é que eu sempre tive medo de mim de cabelos curtos, mas mesmo assim nunca consegui descartar a idéia. Curti. E eles sempre vão crescer de novo, afinal.
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Eu não sei o que qualquer livraria tem que, uns minutos depois de entrar, consegue fazer eu me sentir tão à vontade. Acho que é meio pelo ambiente, que eu sempre tive - ainda tenho - a vontade de reproduzir em casa, ainda que diminuído. Umas prateleiras ou estantes cheias com meus livros, revistas, eventuais cds e coisas, tralhinhas pequenas de que eu gosto. E não pra ser exibido a quem ainda mais eventualmente me visitar; por pura satisfação estética, mesmo. Pelo mesmo motivo por que eu quero um pufe: curto.

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