17 de fev. de 2010

carnaval

Subindo a serra na chuva, de noite, ouvindo o cd mais country do mundo dos Travellers com meu pai.

I've been singin' 'bout the good things and the light
there's a new star on the horizon and it nearly fills the sky

13 de fev. de 2010

livros

Na praia, (quase) três em quatro dias. Em casa, quatro páginas em três semanas.
Sempre batendo recordes.

à álvares

Você já esqueceu? Já esqueceu os braços envolvendo seu corpo? Já esqueceu o peito onde você deitava a cabeça? O ombro que estava ali? Já esqueceu a pele arrepiada com os lábios em seu pescoço? As mordidas na orelha e as mãos que pareciam ser capazes de acariciar seu corpo inteiro no mesmo segundo? Já esqueceu os cabelos misturados aos seus? O abraço? Os olhos que ora fugiam e fechavam e ora encaravam? Já esqueceu os beijos de verdade, com a barba de um dia raspando em seu rosto?
Talvez meses sejam capazes de levar tudo consigo. Talvez não. Triste é quando saber que aconteceu já não é nada. Quando as coisas acontecem sem pedir permissão.
Você já esqueceu? Já esqueceu como é amar?
-
Eu gosto quando eu sinto raiva dele. A sensação é inexplicavelmente boa. Inesperada, inacreditavelmente boa. Não era para ser, supostamente. Porque sentir raiva não é nobre, não é saudável. Corrói internamente. Gasta exteriormente. E, no entanto, depois de todas as voltas possíveis, raiva. Leve. Quase macia. Mas raiva. E com todos os erres a que uma raiva tem direito. Ele falando e não falando. Bobagens e não bobagens. Sempre indiferença. E eu com raiva. Sem motivos. Sem razões. Só uma vingança individual rápida e silenciosa. Segundos de raiva.

11 de fev. de 2010

bbb

Eu não pretendia assistir ao BBB esse ano. Não por qualquer dos motivos clássicos que a maioria que não assiste alega, mas porque é o tipo infeliz de programa a que não é possível assistir apenas um dia e se contentar - não se a vontade for acompanhar os blogs a respeito.
Três homossexuais, uma policial maluca, uma doutora, um ex-participante, um palhaço chorando por uma mulher que ele conheceu no dia anterior...
Mas o que me intrigou, no entanto, quando eu comecei a assistir, foi a repentina e maciça preferência pelo Dourado, já na segunda semana. Levando em conta o comportamento do cara - vilanesco, tão condenado em todas as edições -, era de se esperar que ele saísse na primeira oportunidade.
Na mesma linha, a postura dele em relação aos dois gays também não era das mais tolerantes. Mas, ainda assim, não tinha o ar explicitamente homofóbico que tomou, nessa terça-feira, ao vivo, depois de uma piada de mau gosto do Bial.
Ficou definitivamente claro, então - porque eu estava relutante em acreditar até o momento -, o motivo da aceitação e do sucesso do cara. É lamentável.
Odeio quando isso acontece. Essa vontade de escrever sobre um monte de coisas - que vêm à cabeça todas ao mesmo tempo, desgraçadas - e, conseqüentemente, não conseguir escrever sobre nenhuma. Desgraçadas.

10 de fev. de 2010

na corda bamba

asas
a esperança equilibrista
sabe que o show de todo artista
tem que continuar


Essa música me arrepia, literalmente, às vezes.
Não só pela letra.
Ou por quem me apresentou a ela, dizendo que "olha só, a tarde caindo feito um viaduto e a gente aqui, ainda".

Pelos dois.

6 de fev. de 2010

texas

É bom olhar o mar no fim da tarde. Até Arroio Teixeira fica bonita a essa hora. O resto de sol às costas, e o mar refletindo o céu, de forma que se torna difícil distinguir a verdadeira cor de cada um - se é que ela existe. Eu me perco olhando o mar. O mais longe possível, até aquele ponto imaginário em que ele encontra o céu e que a gente chama de horizonte. Seria bom poder estar lá de vez em quando. No horizonte.
-
Depois de ter voltado a minha atenção à beira da praia, quando eu senti os primeiros pingos tímidos da chuva que estava por vir, eu olhei pra trás e vi um cara lá do Anglo. Acho que ele me reconheceu, porque ficou olhando também. E eu tive que rir sozinha na hora - e não sei se ele viu isso também ou não -, porque, bom, o mundo, ou pelo menos o Rio Grande do Sul, tem que ser mesmo muito pequeno pra se encontrar alguém em Arroio Teixeira. Imagino que nenhum de nós sabia direito o que fazer - cumprimentar ou não? Acenar? Sorrir? Mexer a cabeça? Na dúvida, nenhum deles. Mas eu acho que é mesmo assim que eu gosto mais.
-
Meu pai mandou fazer duas faixas. Uma convencional e a outra: "Parabéns, Ricardo! Pai de bixo UFRGS 2010! $$$"
Curti muito.

3 de fev. de 2010

terraqueosemterra

terráqueos em terra
terráqueo sem terra