Pré-aventura na noite por aíprefironãocomentar:
- Eu tenho um mapa com os bairros de Porto Alegre em casa.
- Ah, que legal! E por que tu não falou disso enquanto a gente ainda tava lá?
- Ã... Porque a gente não chegou nesse assunto?
- Tá, mas tu tinha que ter suposto que ia me interessar!
- [não sei]
- Nossa, né, olha esses dois! Imagina se eles fossem irmãos!
- Ah, ia ser legal, ué. Aquele meu irmão é tão sem graça...
It's only Duda but I like it.
27 de ago. de 2009
26 de ago. de 2009
walking around
Sem falsa modéstia, agora eu poderia entrar naquela comunidade - "Eu vou a pé". Porque o que eu tenho andando por essa Porto Alegre é um troço descomunal. Mas é revigorante também, ainda mais de manhã cedo. E a conclusão a que eu cheguei é a de que todo mundo deveria ter direito a uma Redenção na esquina de casa.
23 de ago. de 2009
sitting on the shelf
Me custou meia unha, dor nas costas e no pulso esquerdo - velhice, né - mas, cara, apesar do desastre, é sempre tão bom. Quer dizer, é única porcaria de coisa que eu aprendi - mal, muito mal, mas e daí - a fazer sozinha na vida. É claro que eu nunca vou tocar na frente de ninguém - e muito menos fazer aula. O caso é que, bom, são bons momentos solitários. (Nem mesmo a minha voz fica assim tão ruim, hah. Não tanto quanto o normal, ao menos.)
-
Agora há pouco, numa troca casual de scraps, me perguntaram se 'já não tava esquecido'. Talvez estivesse, não fosse o histórico. Mas, como ele existe, bom, então não - não tão cedo. I just don't think I'll ever get over. E eu também não me orgulho disso.
E tá aí essa música, que é a mais linda e a mais triste que eu conheço, pra sempre me lembrar. Que não. E que eu sou uma otária. (:
-
Eu queria ter escrito antes qualquer coisa sobre o último sábado antes das férias, quando eu saí com minhas amigas. Basicamente, foi o de sempre: beber, dançar, tirar fotos. E rir. É uma das poucas coisas que me deixam verdadeiramente feliz: rir com as minhas amigas. Pessoal ou virtualmente, bêbada ou sóbria, não importa. Só rir.
Mas é um troço um pouco redundante, né. Quer dizer, pra não ficar feliz rindo, só sendo meio psicopata. E eu me arrisco a dizer que nem assim.
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Por fim, eu tava olhando o arquivo das postagens aqui do lado e notei uma coisa. Quem me conhece, se quisesse saber, não precisaria ler essa merda pra descobrir quando tá tudo bem ou não. É só olhar ali do lado: em geral, os meses mais cheios sempre são os piores. Claro que isso não é uma regra, mas enfim. Janeiro e agosto pra me ajudar: no primeiro, vestibular (hahah), férias e praia e nada pra fazer ou com o que se preocupar, e, no segundo, bem, no segundo é isso, né.
Eu sempre escrevo mais. Sejam bobagens ou não. Pra esquecer, pra me distrair, pra me sentir melhor, sei lá. Ou pra tudo isso, mesmo, já que, no fim, os três acabam sendo a mesma coisa. Mas, just like Drummond, lutar com palavras é a luta mais vã. E não é?
20 de ago. de 2009
19 de ago. de 2009
just one near perfect thing
Corrijam-me, se eu estiver errada, mas, assim, normalmente, as pessoas abandonam o barco quando está para acontecer algum problema, quando a coisa tá em vias de sair da linha. Não o contrário. O dia em que eu descobrir o que leva alguém a fazer o contrário... Bem, aí eu conto.
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If She Wants Me. Vou ver se desencosto meu violão da parede esse final de semana. Cause there is no point in standing in the past cause it's over.
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No meu orkut, naquela clássica de "from my past relashionships...", eu botei um trecho de um livro. Que eu já nem tenho mais certeza de qual é, mas, em todo caso, tá lá. Mas a verdade é que eu também poderia ter escrito simplesmente The Shins. Entre um milhão de outros, sim, mas The Shins.
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If She Wants Me. Vou ver se desencosto meu violão da parede esse final de semana. Cause there is no point in standing in the past cause it's over.
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No meu orkut, naquela clássica de "from my past relashionships...", eu botei um trecho de um livro. Que eu já nem tenho mais certeza de qual é, mas, em todo caso, tá lá. Mas a verdade é que eu também poderia ter escrito simplesmente The Shins. Entre um milhão de outros, sim, mas The Shins.
então VI
Na primeira semana do cursinho, naquele calor desgraçado de março, eu tive impressões erradas sobre um monte de gente que, depois, acabou me mostrando que é praticamente o contrário do que eu pensava.
Mas eu também tive impressões certas, claro.
De todos os meus colegas, de início, primeiros dias mesmo, eu fui com a cara de um. "Olha, gostei desse louco." Foi o que eu pensei quando ele entrou na sala usando uma calça jeans relativamente larga, tênis preto, camiseta do Matanza, cabelo preto meio bagunçado e barba por fazer. Mal ele abriu a boca, e eu descobri que era carioca. Depois, que era botafoguense. Depois, que desenhava super bem. Só faltavam os óculos e uns três anos a mais. Mas as semelhanças pararam por aí. Digo, eu nunca falei com ele direito, mas observando se descobre tanto ou até mais do que conhecendo. Dependendo do caso, dependendo dos ângulos.
Ele tá sempre batendo o pé, mexendo as pernas ou estralando os dedos e o pescoço. Ou desenhando. Ou bocejando. Conhece São Francisco! (de Paula, caso não tenha ficado claro.) Tem cara de menino e jeito de menino, mas uma cabeça de homem. (Ou alguma coisa perto disso.) É inteligente. Chega quase sempre com fones no ouvido. Usa umas camisetas muito legais. Tem um sorriso lindo. E é, certamente, uma das pessoas mais simpáticas daquela turma. Doce, mesmo. Gentil.
É claro que isso não diz nada em termos de quem realmente é esse guri. Eu não sei quem ele é. Não faço idéia. Mas basta, quando eu só quero ver (com os meus próprios olhos, hah) que, sim, tem quem preste por aí.
Ou eu que me encanto fácil demais.
Mas eu também tive impressões certas, claro.
De todos os meus colegas, de início, primeiros dias mesmo, eu fui com a cara de um. "Olha, gostei desse louco." Foi o que eu pensei quando ele entrou na sala usando uma calça jeans relativamente larga, tênis preto, camiseta do Matanza, cabelo preto meio bagunçado e barba por fazer. Mal ele abriu a boca, e eu descobri que era carioca. Depois, que era botafoguense. Depois, que desenhava super bem. Só faltavam os óculos e uns três anos a mais. Mas as semelhanças pararam por aí. Digo, eu nunca falei com ele direito, mas observando se descobre tanto ou até mais do que conhecendo. Dependendo do caso, dependendo dos ângulos.
Ele tá sempre batendo o pé, mexendo as pernas ou estralando os dedos e o pescoço. Ou desenhando. Ou bocejando. Conhece São Francisco! (de Paula, caso não tenha ficado claro.) Tem cara de menino e jeito de menino, mas uma cabeça de homem. (Ou alguma coisa perto disso.) É inteligente. Chega quase sempre com fones no ouvido. Usa umas camisetas muito legais. Tem um sorriso lindo. E é, certamente, uma das pessoas mais simpáticas daquela turma. Doce, mesmo. Gentil.
É claro que isso não diz nada em termos de quem realmente é esse guri. Eu não sei quem ele é. Não faço idéia. Mas basta, quando eu só quero ver (com os meus próprios olhos, hah) que, sim, tem quem preste por aí.
Ou eu que me encanto fácil demais.
18 de ago. de 2009
no rain.
Eu resolvi que hoje não ia chover e não levei guarda-chuva. Logo, é lógico que, quando eu saí, tava chovendo. Chuviscando. Mesmo assim, o capuz da minha jaqueta não é grande coisa quando se trata de proteger a cabeça de qualquer coisa molhada que caia do céu. Foi mais ou menos por aí que eu vi que a volta pra casa não ia ser das mais felizes. Fiquei surpresa, mais tarde, quando foi minha colega - e não eu - quem pisou em uma poça no meio do caminho.
Mas enfim.
Na esquina da Panvel, antes da Panvel, tem uma espécie de banca de flores, e, quando a gente passou por ali, tinha um homem olhando. Ele usava uma jaqueta cinza, uma calça jeans azul, das mais normais, e um tênis marrom. Tinha cabelos pretos, muito levemente mesclados com cinza, e mais ou menos compridos; iam até o pescoço, por aí. E, acima da testa, já se acentuavam as duas entradas. Não era novo; eu dei uns 40. E também não era rico.
Eu acho uma merda isso de as pessoas olharem para as outras e acharem que sabem a situação financeira delas, mas dava pra ver que o cara não era nenhum milionário. Até porque, bom, ele tava na chuva - sem guarda-chuva - olhando as flores mais simples do mundo em uma banca no meio da rua. É claro que isso ainda não exclui a possibilidade de eu estar completamente enganada, mas enfim. Nós passamos tri rápido, e eu olhei justamente pra esse homem. E ele tava ali, com toda a calma do mundo, escolhendo um buquê de flores na chuva.
Essa cidade é cheia disso. E eu acho simplesmente incrível.
Mas enfim.
Na esquina da Panvel, antes da Panvel, tem uma espécie de banca de flores, e, quando a gente passou por ali, tinha um homem olhando. Ele usava uma jaqueta cinza, uma calça jeans azul, das mais normais, e um tênis marrom. Tinha cabelos pretos, muito levemente mesclados com cinza, e mais ou menos compridos; iam até o pescoço, por aí. E, acima da testa, já se acentuavam as duas entradas. Não era novo; eu dei uns 40. E também não era rico.
Eu acho uma merda isso de as pessoas olharem para as outras e acharem que sabem a situação financeira delas, mas dava pra ver que o cara não era nenhum milionário. Até porque, bom, ele tava na chuva - sem guarda-chuva - olhando as flores mais simples do mundo em uma banca no meio da rua. É claro que isso ainda não exclui a possibilidade de eu estar completamente enganada, mas enfim. Nós passamos tri rápido, e eu olhei justamente pra esse homem. E ele tava ali, com toda a calma do mundo, escolhendo um buquê de flores na chuva.
Essa cidade é cheia disso. E eu acho simplesmente incrível.
17 de ago. de 2009
inveja
Um monte de guriazinhas novas por aqui, coitadas. Eu, que achava que as criaturas vinham pra se internar, já sou quase a mais antiga desse corredor. Até minha vizinha já se mandou. Muita inveja dessas aí. Muita. Vou soltar uns fogos no dia que eu sair daqui, sério. Hahah.
O problema, bem na real, não é "aqui". Porque eu tenho que admitir que é muito, muito melhor do que eu imaginava em fevereiro. O caso é que eu quero um apartamento. Eu sei que parece - e é - muito pra se querer, mas, se já me garantiram que eu posso, não é assim um pecado querer logo. Né?
Mas, vamos lá, entre as vantagens de se viver em um pensionato:
- Nunca mais pensar em gastar dinheiro com um hotel ou similares;
- Aprender, na marra, a lavar roupa (sem máquina de lavar, lógico);
-
-
...
Entre as desvantagens:
- A possibilidade de pegar a gripe suína;
- Não ter cozinha nem banheiro individuais;
- Não ter posse integral da chave do próprio quarto;
- Horário pra chegar, coisa que nem em casa eu tinha;
- Velhas um tanto ranzinzas e porteiros sinistros te olhando desconfiados toda vez que te vêem;
- Secadores e despertadores todos os dias às 6 da manhã.
Fora o pessoal do prédio do lado: gritaria, trilha da novela das 6, "conversa de tia velha", como definiria meu professor de matemática, missa na tv, obras e assim nós vamos.
É uma festa!
-
Eu pretendia matar aula hoje e pôr em dia tudo o que eu tenho de atrasado, mas, pensando melhor... Né.
O problema, bem na real, não é "aqui". Porque eu tenho que admitir que é muito, muito melhor do que eu imaginava em fevereiro. O caso é que eu quero um apartamento. Eu sei que parece - e é - muito pra se querer, mas, se já me garantiram que eu posso, não é assim um pecado querer logo. Né?
Mas, vamos lá, entre as vantagens de se viver em um pensionato:
- Nunca mais pensar em gastar dinheiro com um hotel ou similares;
- Aprender, na marra, a lavar roupa (sem máquina de lavar, lógico);
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...
Entre as desvantagens:
- A possibilidade de pegar a gripe suína;
- Não ter cozinha nem banheiro individuais;
- Não ter posse integral da chave do próprio quarto;
- Horário pra chegar, coisa que nem em casa eu tinha;
- Velhas um tanto ranzinzas e porteiros sinistros te olhando desconfiados toda vez que te vêem;
- Secadores e despertadores todos os dias às 6 da manhã.
Fora o pessoal do prédio do lado: gritaria, trilha da novela das 6, "conversa de tia velha", como definiria meu professor de matemática, missa na tv, obras e assim nós vamos.
É uma festa!
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Eu pretendia matar aula hoje e pôr em dia tudo o que eu tenho de atrasado, mas, pensando melhor... Né.
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