19 de ago. de 2009

então VI

Na primeira semana do cursinho, naquele calor desgraçado de março, eu tive impressões erradas sobre um monte de gente que, depois, acabou me mostrando que é praticamente o contrário do que eu pensava.

Mas eu também tive impressões certas, claro.

De todos os meus colegas, de início, primeiros dias mesmo, eu fui com a cara de um. "Olha, gostei desse louco." Foi o que eu pensei quando ele entrou na sala usando uma calça jeans relativamente larga, tênis preto, camiseta do Matanza, cabelo preto meio bagunçado e barba por fazer. Mal ele abriu a boca, e eu descobri que era carioca. Depois, que era botafoguense. Depois, que desenhava super bem. Só faltavam os óculos e uns três anos a mais. Mas as semelhanças pararam por aí. Digo, eu nunca falei com ele direito, mas observando se descobre tanto ou até mais do que conhecendo. Dependendo do caso, dependendo dos ângulos.

Ele tá sempre batendo o pé, mexendo as pernas ou estralando os dedos e o pescoço. Ou desenhando. Ou bocejando. Conhece São Francisco! (de Paula, caso não tenha ficado claro.) Tem cara de menino e jeito de menino, mas uma cabeça de homem. (Ou alguma coisa perto disso.) É inteligente. Chega quase sempre com fones no ouvido. Usa umas camisetas muito legais. Tem um sorriso lindo. E é, certamente, uma das pessoas mais simpáticas daquela turma. Doce, mesmo. Gentil.

É claro que isso não diz nada em termos de quem realmente é esse guri. Eu não sei quem ele é. Não faço idéia. Mas basta, quando eu só quero ver (com os meus próprios olhos, hah) que, sim, tem quem preste por aí.
Ou eu que me encanto fácil demais.

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