16 de set. de 2009

o dia-a-dia (não) é poético.

Meus pais têm um amigo, e ele é daquele tipo que é depois de conhecer que se descobre a pessoa incrível que tá ali. Ele é casado, e meus pais são padrinhos da filhinha dele, que é a coisa mais querida. Antigamente, quando ele aparecia lá em casa, a gente ficava papeando e tomando caipirinha.

Pois hoje esse cara tava em Porto Alegre e veio me visitar. A gente saiu, tomou um café, e ele foi comigo ver um apartamento, lá quase em Viamão. No caminho, o celular dele tocou. "Tu ouviu tua filha gritando aqui, né?" Era mentira, e ele sabia, claro. Mas, mesmo assim, a gente silenciou. E eu fiquei olhando as paisagens da Ipiranga, enquanto ele tamborilava os dedos na direção esperando o sinal abrir.

Depois de muito nos admirarmos com o apartamento, que tinha até churrasqueira, voltamos, e ele me deixou na porta, quando poderia perfeitamente ter facilitado a própria vida e me deixado na esquina.

É bem verdade que meus pais têm um monte de amigos que me fazem subir as escadas quando tocam a campainha, mas tem uns assim que compensam.

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