13 de jan. de 2010

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Eu gosto mais de mim quando eu resolvo fazer alguma coisa que eu quero, no fundo. Ou, em outras palavras, eu me acho - e sou - uma pessoa melhor quando resolvo tomar alguma iniciativa, independentemente de de que proporções.
Foi no intervalo do pré-prova. Eu fiquei cuidando enquanto ele se dirigia à porta, em meio à massa de camisetas verdes. Pensei em ir atrás, mas desisti. Muita gente em volta, muita gente falando... Muita gente. Mas, quando eu olhei de novo, ele tinha voltado. Foi até o fundo da sala, pegou a bolsa, voltou até a porta de entrada e sentou pra fazer uma ligação. E foi aí que, em uma espécie de epifania, eu decidi que precisava daquilo, levantei e comecei a andar. Talvez porque eu soubesse que, pelo menos pra mim, levantar e começar a andar implica não dar meia volta. Esperei ele desligar o celular e agradeci. Um agradecimento bem ao meu estilo, rápido e simples, de quem "tá sempre quietinha lá no fundo", diferente dos exaltados e gritantes que eu já tinha visto ele receber. Ganhei um "Oh... Querida! Eu que agradeço", um abraço e um beijo, tudo mais ou menos ao mesmo tempo. Ficamos os dois ali, conversando, até quase o final do intervalo, e então eu voltei para o meu lugar. Feliz, mas com aquela tristeza característica e decorrente da sensação da possibilidade de nunca mais se ver alguém.
Foi a melhor pessoa que eu conheci nesses últimos tempos. E possivelmente também em todos os outros.

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