Atrás de uns esquemas do colégio, eu só encontrei coisas da Toca. Os meus pareceres descritivos, mais exatamente. Tudo que as tias viram em mim dos três aos seis-quase sete anos.
O primeiro deles, do meu primeiro ano lá, dizia que eu tinha dificuldade de me equilibrar e de pronunciar o r e o nome de dois colegas (William e Alisson, que, descobri ali, eu chamava de Wili e Wali, hahah), que a minha adaptação tinha sido tranqüila e que eu era uma criança feliz, alegre e comunicativa.
Então alguma coisa misteriosa aconteceu, de 1994 para 1995, porque do segundo em diante: comportamento tímido e discreto, muitas vezes prefere brincar sozinha, sensibilidade, chora facilmente. E aí, pra amenizar a desgraça: extremamente cuidadosa e caprichosa, organizada, atenta, vocabulário rico, muito espontânea e alegre na companhia dos colegas mais queridos e/ou quando acredita não estar sendo observada.
'Eu não quis participar de uma brincadeira que consistia em encontrar, com a ajuda da professora, um colega em um quarto escuro.'
'Eu me empolguei com a presença do meu pai na escola na Hora do Conto.'
'Eu adorava subir nas árvores e brincar na grama.'
'Eu optava por ser a última do "trem" (a fila) nos passeios.'
Falaram até de um amigo imaginário. E que eu adorava cantar.
Eu nunca tinha lido essas coisas antes. Fico tentando imaginar o que meus pais pensavam, na época, quando liam. Mas o impressionante é pouco disso tudo ter mudado realmente.
30 de jan. de 2010
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