30 de jan. de 2010

toco

Atrás de uns esquemas do colégio, eu só encontrei coisas da Toca. Os meus pareceres descritivos, mais exatamente. Tudo que as tias viram em mim dos três aos seis-quase sete anos.
O primeiro deles, do meu primeiro ano lá, dizia que eu tinha dificuldade de me equilibrar e de pronunciar o r e o nome de dois colegas (William e Alisson, que, descobri ali, eu chamava de Wili e Wali, hahah), que a minha adaptação tinha sido tranqüila e que eu era uma criança feliz, alegre e comunicativa.
Então alguma coisa misteriosa aconteceu, de 1994 para 1995, porque do segundo em diante: comportamento tímido e discreto, muitas vezes prefere brincar sozinha, sensibilidade, chora facilmente. E aí, pra amenizar a desgraça: extremamente cuidadosa e caprichosa, organizada, atenta, vocabulário rico, muito espontânea e alegre na companhia dos colegas mais queridos e/ou quando acredita não estar sendo observada.
'Eu não quis participar de uma brincadeira que consistia em encontrar, com a ajuda da professora, um colega em um quarto escuro.'
'Eu me empolguei com a presença do meu pai na escola na Hora do Conto.'
'Eu adorava subir nas árvores e brincar na grama.'
'Eu optava por ser a última do "trem" (a fila) nos passeios.'
Falaram até de um amigo imaginário. E que eu adorava cantar.

Eu nunca tinha lido essas coisas antes. Fico tentando imaginar o que meus pais pensavam, na época, quando liam. Mas o impressionante é pouco disso tudo ter mudado realmente.

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