27 de jun. de 2009

próprias mentiras

Locadora (de cidade) pequena é foda.
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Hoje à tarde, passei na feira do livro de Gramado. Fajuta, , mas rendeu mais dois livros - e menos quarenta reais na carteira.
Aliás, ontem eu comentei com meu pai que a maior parte do dinheiro que ele me dá eu simplesmente não gasto, e ele disse que "bah, mas então eu vou fazer uns empréstimos contigo".
Quando papai quer fazer empréstimos com você, e não o contrário, tem muita coisa errada. Eu devia sair por aí gastando tudo, eu acho.
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Esqueci de comentar que tivemos festa junina no pensionato. Eu não ia a uma festa junina desde... Bom, há bastante tempo. Tá certo que não era uma festa de verdade - os dois principais componentes de uma festa, seja da espécie que for, não habitam aquele lugar -, mas tinha quentão e... Bom, era uma festa junina. Mas foi engraçado. Valeu a saída do quarto.
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Às vezes eu chego a acreditar nas minhas próprias mentiras. Ou a fazer de conta que elas são verdade. É triste.

26 de jun. de 2009

pais e filhos

Eu ainda não tenho muita noção do trânsito porto-alegrense; cheguei na rodoviária meia hora antes do horário do ônibus. Fiquei lá, escorada em uma parede perto do meu box, tomando refrigerante e olhando o povo. Não sei se as pessoas percebem ou não, mas, bom, eu não faço questão nem de uma coisa nem de outra.
Passada a meia hora, eu já tava sentada quando o cara da poltrona do lado apareceu. Era um louco careca, mas de boné, tatuado, com alargador de orelha e... Uma filha. É engraçado, porque acho que ninguém imagina eles com filhos. Mas, bom, o cara, além de tudo, era tri simpático. E a guriazinha, que tinha quatro anos, era uma graça; mesmo com uma foto em um folheto, não acreditava que em Canela tinha um trem apoiado em um prédio. "Pára de rir de mim! Ela pode rir, tu não."
Depois, eu acabei passando pra uma poltrona vaga do outro lado, pra ela não precisar sentar no colo, e aí fiquei olhando os dois enquanto ouvia música. O cara, com o braço todo tatuado, acariciando os cabelos daquela coisinha daquele tamanho deitada no colo dele. Coisa mais linda. E ainda aquela risada contagiante que só as crianças conseguem dar.
Eu ganho minhas semanas nesses ônibus.

E uns por aí com medo da rodoviária.

25 de jun. de 2009

abre os teus braços, meu irmão

Terminei, finalmente, o livro que eu tinha começado a ler lá em final de março/começo de abril, quando me mudei pra cá. Por Mais Um Dia, do Micth Albom. Acho que esses livros dele são meio assim, ou o cara adora ou não vê a menor graça, mas enfim. Esse não era grande coisa, não tinha nada de muito especial nem nada, mas, claro, eu terminei chorando. É gostar de sofrer. (Inclusive, apesar de ainda ter quatro livros não lidos na minha prateleira, vou tratar de providenciar logo PS Eu Te Amo.)
O próximo da minha lista é Histórias Fantásticas, de um argentino cujo nome eu não lembro. E recomendado pelo seu Daniel Galera, olha só que coisa.
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Agora, quando eu escrevi Daniel Galera, não sei por que me lembrei de quando eu recebi um e-mail do Antonio Prata. Eu mantinha a assinatura da Capricho só por causa dele. Depois que ele parou de escrever lá, eu acabei parando de ler até o blog (dele, não da Capricho), que eu nem sei se ainda existe. Mas, voltando, eu posso imaginar minha cara quando abri o hotmail e vi "Antonio Prata" no remetente. Eu não lembro de o que, exatamente, eu escrevi pra ele, mas eis a pérola:

Priscila, obrigado. Continue escrevendo. Pelo seu e-mail, dá para ver claramente que você leva muito jeito pra coisa. Te mando aí uma música do Vinícius que tem a ver com o que você estava falando e, coincidentemente, estava aberta aqui no meu computador.
beijos

A música era Como Dizia O Poeta.
Tem coisas que, de algum jeito, marcam a nossa vida, nem que seja bem de leve. Esse e-mail foi uma delas pra mim.

24 de jun. de 2009

vós

Eu tava com tanta vontade de escrever qualquer coisa que até deixei pra depois/amanhã/nunca mais as coisas que eu tinha que fazer. Aí, claro, essa droga demorou meia hora (sério) pra conectar, quando conectou tava horrível, o msn não entrou e por aí vai. Eu me estressei, e tudo o que eu queria escrever já não tem mais o mínimo de relevância.
Mentira.
Mas sabe como é.
Eu acho que ia comentar como algumas mulheres velhas por aí tem cara de vó. Tem velhos e velhas que tem cara de velhos e velhas e é só isso. Mas tem uns com aquelas caras que só vô e vó conseguem ter. Sorriso, expressão macia, olhar carinhoso.
Uma das irmãs daqui é bem assim. Eu não consigo olhar pra ela sem ver uma vó. Daquelas que te esperam pro almoço no sábado com uma mesa enorme arrumada especialmente pra isso. É tão gostoso.

20 de jun. de 2009

da bahia

Baianos no ônibus hoje. Baianos, cara! Eu adoro baianos. Só com essa eu já teria ganhado meu dia.
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Quando um ex-colega meu entrou em uma comunidade de Porto Alegre no orkut, eu fui tirar com a cara dele. Mas a verdade é que a capital até que me conquistou também - e eu nem cumpri minha promessa de virar à direita. Aquilo lá é tão lindo nos sábados de manhã. Eu fico impressionada. Mesmo.
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Por fim, segundo um dos meus professores de história, eu sou "Priscila, a subversiva". Hahah. Ainda bem que eu não passei na ufrgs.

18 de jun. de 2009

haha!

Parece que as pessoas gostam de cantar na rua por aqui. E dessa vez não foi nem uma mulher, veja só. Mas eu vinha discutindo com duas colegas uma aula perdida de geografia e não consegui ver qual era a música. Tristeza.
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Mas a da semana mesmo foi outra. Estava eu ontem deitada, prestes a desligar a TV depois de ver o Inter perder, quando veio a chamada do Jornal da Globo. Minha possível futura profissão, a partir de agora, teoricamente não exige mais diploma.
Quanta ironia, hein.

11 de jun. de 2009

"Durante a semana é sempre uma beleza.

Por que tu não fica lá?"
Meu irmão é um amor, não é, não?
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Uma vez eu escrevi que tinha descoberto a música que eu escolheria pra minha vida, se tivesse que escolher uma só. A verdade, eentretanto, é que eu escrevi certa de que, mais dia menos dia, eu mudaria de idéia. Pois, pasmem, eu ainda não mudei. E não é nem On Fire, por mais que ela também fosse se encaixar.
Não, claro, que isso tenha alguma relevância nesse feriado frio e roubado (eu deveria ter ficado pra aula de amanhã).
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No começo do ano, eu imaginava duas coisas. E aconteceu o contrário. O que não é ruim, é só... Curioso. Imaginar uma coisa e acontecer justamente o oposto. Isn't it ironic? Don't you think?
Eu não sei mesmo o que acontece. 
Mas não é de todo mentira que blogs e vaidade andam meio juntos, por mais que eu resmungue. Então, ora, eu vou me afundar no sofá e ver mais algum filme. E vou fazer isso até a hora que me tirarem de lá pra ir pra praia.
(:

10 de jun. de 2009

caring is creepy.

Foi parte da trilha das minhas compras agora há pouco.
Fazer compras já é uma coisa engraçada. Todo mundo lá, andando em ziguezague pelos corredores, procurando coisas e nem sempre encontrando ou se indignando com os preços. Fora a hora de pagar; as caras que os caixas fazem são impagáveis.
Fazer compras ouvindo música, então, é mais engraçado ainda. Provavelmente mais pra quem assiste, se é que eu me fiz entender, mas ainda assim é bom. Dá até pra rir sozinho.
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Eu queria ir no show do Emerson Nogueira sexta, mas desistiram. Pra ir pra praia.
O dia que eu tiver apartamento vai ser um dia tão feliz que eu não vou ter nem como descrever.

7 de jun. de 2009

crazyness

Vejamos quanto tempo essa dura.

6 de jun. de 2009

102

Sexta, depois do filme lá no Anglo, eu acabei voltando sozinha. Pelo jeito sou eu que tenho medo de menos, mas, ah, nada como caminhar de noite. Nada como caminhar no inverno, na verdade, a qualquer hora. É frio, e às vezes chove e incomoda e isso e aquilo, mas eu me sinto bem. E as pessoas ficam naturalmente mais elegantes.
Enfim.
O caso é que, mais ou menos na metade do caminho, na parte da rua de que eu mais gosto, eu cruzei com um casal de velhinhos - daqueles de cabelos brancos, mesmo, e não cinzas - passeando com o cachorro e de mãos dadas. E eles sorriram e tudo. 
Essas cenas assim fazem a vida valer tão a pena. (:

home

Desde sexta, então.
No intervalo da aula, fui com uma colega em uma loja do lado do curso. A gente já tinha visto antes e ficado curiosa - tem uma placa em cima praticamente dizendo que a loja é tudo. E é, mesmo. Tem um café, um salão de beleza e vende de (quase) tudo. A impressão que dá é de que deve ser uma zona, principalmente porque o lugar é mínimo - dá pra confundir com uma banca de revistas qualquer, de longe - mas é muito legal. Legal, mesmo. Descreve melhor que qualquer outra palavra em que eu não vou me dar ao trabalho de pensar.
Depois, foi o filme. O Nome da Rosa, dessa vez. 
Mas a verdade é que, por mais que encurte os finais de semana, eu gosto de ficar lá pra ver. É sempre tão... Confortante. E, de qualquer jeito, eu nunca tenho muito o que fazer aqui, além de frio e mais filme.
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Hoje, então, acordei de madrugada pra fazer quinze minutos de uma prova e sequer poder ficar com o caderno. Meu boletim de desempenho é que vai ser um espetáculo, com dez questões feitas de 80, hahah.
Saí, fui a pé até a rodoviária e vim pra cá provavelmente incomodando alguém, já que eu deixei a cortina aberta e tinha sol. 
O cara do meu lado, turista, todo perdido, não sabia qual das cidades vinha primeiro e quase quis descer no pedágio. Além dele, de memorável, uma banda. Me deu vontade de roubar as mantas de todos eles. Os caras tinham mantas mais legais que as minhas.
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Quando cheguei, finalmente, descobri uma surpresa mais do que agradável que a Sky resolveu me fazer: passou Hora de Voltar de novo. Quer dizer, eu tive que ver. E, depois de acostumar, o Zach Braff fica (quase) bonitinho.

5 de jun. de 2009

violão

Reler blog é sempre bom. Fiz isso com esse aqui agora, e, veja só, minhas previsões se confirmaram: eu não trouxe o violão pra cá e, claro, já era. É bem verdade que eu encostei nele final de semana passado e descobri que ainda sei tocar Last Kiss. Mas já era. E eu não me importo. Eu fiz o que eu quis fazer e passou. É bom quando as coisas acabam assim. Foi com um violão, mas poderia ser igual com as pessoas. A vida seria mais leve. Não seria?

então IV

É muito estranho descobrir um professor que pensa do mesmo jeito que eu. E quando eu digo "do mesmo jeito" eu quero dizer exatamente isso: o cara usou até as mesmas expressões que eu usaria para falar tudo o que eu penso.
De repente eu não sou tão errada assim.
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Tem uma propaganda na TV, que eu não lembro sobre o que é nem se ainda passa, mas que faz várias perguntas e tal. Uma delas: "Será que você vai sair amanhã e virar à esquerda e não à direita?" Então: palavra que semana que vem eu viro à direita.
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Retiro o que eu já disse de ruim sobre esse ano. Tudo. Independentemente de como ele vá terminar.

4 de jun. de 2009

Mas pra alguma coisa tem servido: bergamotas. Eu sou muito mais feliz com elas.

3 de jun. de 2009

a vida me contrariando:

Minha vizinha de quarto foi assaltada, e os colegas - os colegas - viram e não fizeram nada.
Fiquei com 23,5 em uma redação horrível.
E, veja só, eu estou passando (muito) frio em Porto Alegre.