Aproveitei essa de fazer outro blog e resolvi checar os antigos. O primeiro que eu tive, principalmente. Não é que eu sinta alguma saudade daquela época, mas é inexplicavelmente divertido relembrar de tudo através das besteiras que eu escrevia. Que nem eram tão besteira, na verdade. Só eram textos que eu não conseguiria mais escrever hoje. Eu tinha muito mais sentimento - ou, pelo menos, colocava muito mais sentimento no que eu escrevia. É até meio bonito, sob certo ponto de vista.
O caso é que eu era apaixonada - apaixonada é ótimo - por um cara de uma banda com quem eu conversava e acabei escrevendo uma infinidade de textos, em decorrência. E o bonito que eu digo é isso: o que eu sentia, ou achava que sentia, por ele era bonito, logo as palavras ficavam bonitas também.
No final, como eu mesma escrevi lá, o blog tava virado em Legião. Aliás, bons tempos os de Legião, também. Renato Russo, mais do mesmo, e o caos seguindo em frente com toda a calma do mundo. E admito: eu chorei com o Som Brasil dele, ou qualquer que fosse o nome daquele programa. Eu descobri Legião Urbana exatamente quando precisei descobrir.
Achei também um rascunho de uma postagem-retrospectiva, com fotos de vários anos e uma música para cada uma. De Tomaso Albinoni à Forfun e Fresno, passando por Daniel - é, Daniel, longa história - e Nenhum de Nós, entre outros. Não botei nenhuma do Oasis. Mas Oasis ainda segue firme e forte, mesmo que só de vez em quando.
Enfim. É sempre divertido rever essas coisas. Eu tava querendo deletar o blog, mas me segurei e deixei lá, pensando em como vai ser divertido poder reler aquilo tudo daqui a dez anos de novo. E, de qualquer jeito, ninguém pode ver.
No outro estão as coisas mais recentes. Em outras palavras: 2008. Ano memorável e, ainda assim, eu não escrevi nada relevante lá. Tem trechos de livros que eu li e gostei, trechos de músicas e um acontecimento ou outro. No mais, se resume à minha velha lengalenga: fazer o quê? Eu não contei nada. Não falei das discussões da minha turma, não falei das festas e dos finais de semana, mal falei de Porto Seguro e também não falei da formatura. Só reclamei da coitada da minha professora de literatura. No fim, o "texto autobiográfico" que eu escrevi pra ela foi o melhor desse tipo que eu já fiz. Tem toda uma história sobre ela, inclusive, mas fica pra outro post.
Bom, também não deletei esse. E até reformulei um post de lá que vai acabar vindo para cá.
Tá, e daí?
E daí que a (minha) vida é isso. Eu vivo de passado. Museu, mesmo. Se eu não tiver alguma coisa velha guardada para reencontrar de anos em anos, seja um blog seja uma foto, eu não vou muito longe. Ou, melhor dizendo, se eu não consigo viver de futuro, sobra o passado. Porque o presente é muito relativo. E muito rápido também. Eu sou devagar. Velha ranzinza já aos 18. E, bom, sabe como é velho, né.
10 de mar. de 2009
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