Estou há mais de meia hora tentando escrever um post decente, contando como essa semana foi cheia em comparação às outras e como tudo parece muito melhor quando eu faço alguma coisa - qualquer coisa. Mas eu escrevo, apago, escrevo de novo, apago, volto a escrever e, ainda assim, não gosto, tamanha a pobreza do texto. Não adianta, quando não é dia, não é dia.
Mas, então, é isso: essa semana foi ótima, lavou minha alma. É uma pena que não dure mais. Quero dizer, semana que vem isso acaba e tudo volta ao normal - se não piorar. O que acontece é que, desses últimos dias - eu nunca tive férias até março - para cá, eu estou sempre pensando em como eu não faço nada, como não há o que fazer, tédio, tédio, tédio. Aí, claro, toma conta. Toma conta. Eu fico mesmo agoniada, às vezes, no meio da tarde. Eu tento ler, o que me dá sono, mas não o suficiente para dormir, tento escrever, mas nada presta, tento ouvir música, mas eu já não agüento mais meu ipod, peguei ódio do coitado, tento ver TV, e é pior ainda.
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Se o dinheiro tivesse sobrando por aqui, eu ia gostar de ir a algum psicólogo, eu acho. Já fui por bastante tempo quando eu era criança, porque brigava muito com meu irmão e tinha medo de dormir sozinha, mas era uma mulher, e eu não via o menor sentido em ir lá e ficar vendo uns livros e jogando uns joguinhos, enquanto ela perguntava como tinha sido a semana. Quero dizer, eu nunca falei para ela sobre qualquer uma das coisas que eu lembro que me incomodavam de verdade naquele tempo. Então acabou não fazendo a menor diferença. Mas, hoje, com outra pessoa, um homem, de preferência, seria válido. Não é frescura nem nada, não. O caso é que até eu, que sou fechada e sempre soube resolver minhas coisas sozinha, sem ter que falar com quem quer que fosse, sei o quanto é bom dividir, de vez em quando. Até importante. E ninguém melhor do que um cara que entenda a loucura em geral pra isso. Mas o dinheiro ainda não tá sobrando, não, fica pra próxima.
6 de mar. de 2009
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